terça-feira, 10 de setembro de 2013

que rumo...?


eu gosto da empresa onde trabalho, onde cresci como pessoa e profissional. a “minha” empresa é uma segunda casa, a sua cultura combina bastante com os meus próprios valores, os meus colegas são uma segunda família. mas já gostei mais da minha empresa, já acreditei mais nela, no seu futuro, nas oportunidades.
hoje, a empresa onde eu trabalho já não me realiza, apenas preenche os meus dias e dá-me subsistência financeira. apesar disso,  sinto-me bem integrada, as minhas opiniões são ouvidas, sou respeitada. mas, a minha empresa tem apostado na centralização dos serviços, do poder, nas influências. o local físico onde trabalho, outrora centro nevrálgico de toda a decisão e conhecimento core do negócio, está a esvaziar-se de pessoas e de funções; passou a parente pobre. cada vez há mais secretárias vazias, pisos desertos, pessoas tristonhas e desmotivadas, a cumprir as suas obrigações sem grandes perspetivas de futuro, sem alento. sinto-me desolada com esta realidade e lembro, com saudade, a agitação e o fervilhar de outros tempos. a estabilidade também faz falta, mas ela estará cá por quanto mais tempo?
dou comigo a refletir, vezes e vezes, sobre o que eu gostava mesmo de fazer fora deste contexto profissional; tento encontrar um foco claro de interesse, ver para fora da caixa. e o mais triste é que não consigo chegar a nenhuma conclusão. aos 37 anos não sei muito bem o que me faria realmente feliz e concretizada…
organizar eventos?
gerir  um jardim de infância, atl ou centro de estudos?
gerir um espaço de turismo rural?
ter um negócio virtual?
trabalhar numa ong?
ser consultora e/ou formadora?
já fiz mapas mentais, análises swot, testes de orientação profissional mas ainda não consegui descobrir o meu dom… se é que tenho algum!
os primeiros passos estão dados, a imaginação prolifera, a motivação para a mudança cresce. e um dia a inspiração há-de chegar! a seguir, há-de chegar a decisão!

1 comentário:

anf disse...

Este texto diz-me muito. tenho pensado neste assunto e chego à mesma conclusão, ou até provavelmente não sou boa a nada,

beijinho