domingo, 28 de fevereiro de 2016

hoje aprendi #1

créditos de imagem - alice | temcalmaqueeusoutuamae.blogspot.com

que, num processo de negociação, a melhor forma de lidar com uma objeção, é ignorando-a. "fazer de conta" que não se ouviu e continuar a falar. se a objeção não for real ou for pouco relevante, não voltará. se voltar, então é preciso ultrapassá-la.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

gratidão

há dias cruzou-se na minha vida uma pessoa muito especial. um antropólogo, professor universitário doutorado, eloquente. cruzou-se comigo numa formação onde estavam mais 35 pessoas, um grupo grande. por sorte ou por falta dela, sempre que houve trabalhos em grupo, nunca coincidiu ficarmos no mesmo, mas havia algo que me impelia a falar com ele, após observar as suas intervenções e formas de agir durante os 8 dias de formação.

tentei abordá-lo num intervalo, mas a conversa foi muito fugaz. entretanto surgiu uma outra possibilidade de conversa informal, num almoço em que ficamos frente a frente. enchi-me de coragem e atrevi-me a entrar no seu mundo, dizendo - sabes, fazes-me lembrar muito o meu filho mais velho. - a sério? porque dizes isso? - e a talho de foice lá fui revelando a forma de ser e agir do meu menino, as dificuldades na escola e nas interações sociais e a minha preocupação no desafio de o educar por entre o amor incondicional e a forma mais rígida a que, muitas vezes. recorria na tentativa de o preparar para o mundo.
- estou a rever nas tuas palavras o menino que eu fui... - e então abriu-se e falou-me sobre o seu percurso na infância, do que sofreu com a exclusão, o quanto se sentia solitário, as dificuldades na escola (sobretudo na matemática, como o meu zizinho), os medos e fobias. ainda hoje, apesar de ser um homem profissionalmente realizado e independente, considera-se solitário, hipocondríaco, incompreendido, com algumas obsessões. precisa do seu mundo para se refugiar, as suas músicas, os seus livros.

esta conversa, que para mim foi libertadora, para ele foi dolorosa. no fim, abraçamo-nos com alegria, senti uma imensa gratidão!
- o teu filho deve ser um miúdo fantástico!
- é, o meu filho é um miúdo fantástico. gostava que um dia o conhecesses.
e daí em frente temos mantido contacto.

as emoções que senti ao perceber que a minha missão é ensinar o meu filho a ser feliz acima de tudo, ensinando-lhe estratégias para se adaptar, minimamente, aos outros e ao contexto, foram o inicio de uma caminhada, desafiante e muito inspiradora.

cheguei a casa e contei ao joão. nesse momento, continuei a minha "libertação" de emoções e chorei, chorei, chorei. sei que, embora não o consigamos demonstrar da mesma forma, a nossa intenção é a mesma, o que queremos é que os nosso filhos sejam felizes, realizados, mas felizes. e fizemos um pacto no tipo de disciplina e educação para com eles. não temos que os moldar ao nosso conceito do "ideal", temos que os respeitar na sua forma única de ser, com amor, com paciência, com resiliência. eles terão, no seu futuro, a riqueza destes ensinamentos também na sua forma de agir e viver.


créditos de imagem - alice | temcalmaqueeusoutuamae.blogspot.com

mantra


what goes around, comes around




há quase um ano atrás prometi voltar, mas não cumpri essa intenção... tanta coisa aconteceu desde então, algumas coisas muito boas, outras nem por isso. das menos boas, ficou a certeza de que retirei aprendizagens, ainda que a custo de uma boa dose de lágrimas e de dor, das boas, a certeza de que quando nos concentramos em tudo o que é de mais positivo, a perspetiva sobre o mundo, o mundo grande e o nosso mundo pequenino, passa a ser outra e vivemos com uma outra intensidade e tranquilidade, aproveitando o amor em doses reforçadas.

as últimas três semanas foram de grande reflexão e instrospeção em torno de mim mesma, do que eu sinto, do que eu quero, do que eu faço - ou fazia - uma vez que agora me permito agir com base na consciencialização prévia. mais do que nunca, sei que tenho todos os recursos que preciso dentro de mim, só tenho que aprender a ativá-los. sinto-me nova, sinto-me em paz, sinto-me bem!